Siza Vieira e a Antarte marcaram presença na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023
Mário Rocha, CEO da Antarte, considera um sucesso ter colaborado com o premiado arquiteto português na criação de uma instalação de arte para o pavilhão do Vaticano, num dos mais prestigiados certames mundiais de arquitetura e arte.
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 fechou portas a 26 de novembro com um balanço muito positivo: a 18ª edição recebeu 285 mil visitantes, a segunda maior afluência de sempre.
Destaca-se ainda a presença de seis Chefes de Estado e Primeiros-Ministros, entre os quais o Presidente da República da Alemanha, e de Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia. O evento recebeu ainda 45 Ministros e Vice-Ministros. Os jovens e estudantes representaram 38% do total dos ingressos. O certame centrou-se em África, na sua diáspora, nos temas da descolonização e da descarbonização.
A Antarte marcou presença no evento. O comissário do Pavilhão do Vaticano na Bienal, convidou o arquiteto Siza Vieira e a Antarte, marca de mobiliário e decoração portuguesa, a realizarem uma instalação de arte a expor no pavilhão do Vaticano. Sob a temática “Encontro”, Siza Vieira desenhou uma instalação de 12 esculturas que representam pessoas que se aproximam e se saúdam. As esculturas foram produzidas pela Antarte em madeira de criptoméria dos Açores, matéria-prima sustentável em linha com a política de sustentabilidade da marca.
A opção por esculturas de pessoas está relacionada com o tema do encontro num tempo de desencontros. Na juventude, Siza Vieira quis ser escultor. Como arquiteto, venceu o prémio Pritzker em 1992, um galardão regularmente apelidado de ‘Nobel’ da Arquitetura. Aos 90 anos, Siza Vieira cumpriu um desejo de juventude: realizar esculturas. O arquiteto encarou este projeto “como um documento e um desejo. São figuras geométricas, de certo modo toscas mas colocadas num ambiente belíssimo que é a basílica em Veneza. Há também uma intenção nesse contraste.”
Mário Rocha, CEO da Antarte, faz um balanço positivo do projeto com o arquiteto Siza Vieira: «O desafio de trabalhar com o mestre dos mestres da arquitetura, que teve a oportunidade de realizar esculturas ao celebrar 90 anos, era irrecusável. Construir peças de arte intemporal desenhadas por Siza Vieira na segunda edição mais visitada de sempre da Bienal de Veneza, é um justo tributo ao talento intemporal do primeiro Pritzker português.”